quinta-feira, 19 de maio de 2011

Revoltados, empresários dizem que "bandidos estão ganhando de goleada"


O caos. A população começa a mostrar sua revolta. Comerciantes, empresários e famílias já não suportam mais tanta violência.  Alguns pensam em fechar as portas e ir embora do Estado. Outros já evidenciam  vender tudo e se aposentar depois de tantos prejuízos e de tanta incompetência do poder público. O caos está estampado em comércios funcionando com portas fechadas, inclusive grandes lojas, famílias feitas reféns durante assaltos com invasão de residências. Trabalhadores sendo mortos em assaltos: latrocínios. Além dos estelionatos, dos estupros, das tentativas de homicídio, das agressões, dos tiroteios, dos latrocínios e dos mais de um assassinato por dia, também é registrado um assalto seguido de outros, todos os dias, todos os minutos em bares, restaurantes, farmácias, lojas, supermercados, mercadinhos, residências e, principalmente postos de combustíveis, cujos empresários já colocaram até faixas pedindo socorro.

 “É preciso mudar. Não temos segurança e o governo não faz nada para melhorar. Precisamos de alguém que entenda realmente do combate a criminalidade, caso contrário Cuiabá e Várzea Grande vão virar duas cidades fantasmas nos próximos anos”, alerta um empresário que pediu para não ser identificado.

Cacalo, no entanto, dono da Peixaria Cacalo, uma das mais tradicionais de Cuiabá, localizada no Santa Rosa, um dos bairros mais nobres da Capital, não deixa por menos. Ele abriu à boca em uma entrevista ao repórter José Porto do Programa Cadeia Neles da TV Record.

“Não temos segurança. Estou perdendo todo o meu patrimônio para os bandidos. São prejuízos incalculáveis. O pior é que a gente não tem nem para quem apelar. Estou despedindo funcionários e estou pensando em vender todos os meus bens para me aposentar, justamente por falta de segurança. Não quero levar um tiro durante um assalto”, detonou o empresário.

O também empresário Afonso Salgueiro, dono Restaurante Getúlio Grill, um dos mais chiques de Cuiabá, localizado numa das mais movimentadas avenidas da Capital, a Presidente Getúlio Vargas, também deu entrevista no mesmo programa e não poupou críticas à Segurança Pública do governador Silval Barbosa.

”É lamentável, mas é a realidade. Não temos segurança. A Presidente Vargas vira uma bagunça durante à noite, principalmente nos finais de semana e ninguém faz nada. A gente até liga para a Polícia Militar pedindo ajuda, mas a resposta é sempre a mesma: não é nossa responsabilidade. Sem contar que somos vítimas de constantes assaltos na mesma região”, afirma.

“Meu carro já foi arrombado  duas vezes na Presidente Vargas, próximo ao Restaurante Avenida. Nas duas vezes chamei a Polícia Militar,  mas em nenhum dos casos ela compareceu e ainda numa das vezes mandaram que eu comprasse uma carro novo. Isso é um absurdo”, disse um advogado que pediu para não ser identificado.

“Chega de assaltos”. “Pelo amor de Deus nos ajude”. “Seu ladrão, vá roubar na casa das autoridades”. “Aperte a campainha”. São frases que já viraram rotina e comprova o caos que virou a falta de segurança e Cuiabá, Várzea Grande e em todo o Estado.

Algumas faixas pedindo ajuda, socorro e até pelo amor de Deus,  inclusive, estão expostas em locais bem visíveis e de fácil acesso, como postos de combustíveis e frentes de residências, algumas mais de dez vezes assaltadas e arrombadas nos últimos dois anos.

“Ou o governador Silval Barbosa faz alguma coisa. E uma delas é mudar tudo radicalmente, ou a gente vai começar, também a radicalizar. Vamos nos reunir. Vamos nos organizar para colocar o bloco na rua. Time que está ganhando não se muda. Só que, a Segurança Pública de Mato Grosso é está perdendo feio. Digamos de goleada para os bandidos e ninguém faz nada”, alerta um grande empresário do Estado. (JRT).

FONTE: 24 Horas News

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