O exemplo do Rio de Janeiro serve de lição para os demais Estados e Goiás não fica atrás. A audácia de Wellington Oliveira Menezes, 24 anos, que entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, e assassinou 12 jovens na última quinta-feira mobilizou o País e, principalmente, os setores de segurança pública. Em Goiânia, o Batalhão Escolar promete aumento de 15% no número de policiais e viaturas, responsáveis por vigiar as 1.090 escolas da cidade. Os 118 agentes contarão com reforço de mais 14 homens e os carros serão acrescidos em 24, sendo a partir de então, ao todo, 54 viaturas.
O tenente-coronel Wesley Siqueira Borges revela que a estrutura disponível, até então, não era suficiente para vigiar todas as escolas de Goiânia, diariamente. Com 30 viaturas, a média de unidades educacionais que deveriam ser visitadas por cada uma é de pouco mais de 36. “Praticamente impossível estar em todos os locais.” Com o acréscimo, o número cai para 20 e ele espera, enfim, poder suprir toda a demanda e poder estabelecer contato diário com todas as escolas.
Wesley calcula que de 2009 para 2010 a criminalidade nas escolas reduziu 23%. E para isso o apoio da comunidade local de cada unidade foi essencial. Hoje, o comando do Batalhão promove reuniões para discutir duas medidas emergenciais. Uma será com os 30 instrutores que passarão a formar a força tarefa que se encarregará de realizar palestras sobre segurança individual e coletiva aos alunos de escolas estaduais, municipais, particulares e conveniadas. O grupo é formado por representantes da PM, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Juizado da Infância e membros da ala jovem da Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg).
O outro encontro será reunião comunitária com todos os diretores da rede estadual de educação. Os policiais do Batalhão vão apresentar a cerca de 200 pessoas medidas de estratégia de segurança e orientar sobre a implantação de sistemas de segurança, assim como apoiar e integrar o Programa da Rede de Apoio à Segurança (RAS). Em complemento a isso, todo o efetivo da unidade começa a imediata investidura em ações proativas e reativas de modo a prevenir o crime, com aumento da presença ostensiva nas ruas.
O tenente-coronel considera que um agravante da situação no Rio é a ausência de um batalhão específico encarregado pela vigilância das escolas. Wesley sugere, assim como já feito diretamente para diretores e gestores públicos, a implantação de controle de entrada eficaz nas portarias das escolas, com porteiros com treinamento básico de segurança – que já é oferecido pela rede de segurança criada pelo Batalhão.
FONTE: O Hoje
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